#NHPJ: Como é trabalhar no jurídico na indústria do entretenimento?

Quando falamos sobre a indústria do entretenimento, normalmente pensamos em nós mesmos como consumidores e poucas vezes imaginamos que existem milhares de profissionais que atuam nessa área, não é mesmo?

A Fernanda Guttmann é uma delas. Advogada com mais de 20 anos de experiência na indústria do entretenimento, ela atuou à frente do departamento jurídico da Warner Music Brasil no período de transição dos formatos físicos para novos modelos de negócio de consumo de música.

Fernanda participou da nossa LinkedIn Live “Novos Horizontes da Profissão Jurídica”, apresentada pela Head de Comunidade da Linte, Carol Hannud, e nos contou um pouco sobre como é trabalhar no departamento jurídico de uma empresa que faz parte dessa indústria tão fascinante!

Indústria cresce em ritmo acelerado pós-pandemia

Caso você esteja se perguntando, a indústria do entretenimento está com tudo e crescendo a níveis surpreendentes não apenas no Brasil como em termos mundiais. Segundo dados da Pesquisa Global de Entretenimento e Média 2022-2026, elaborada pela PwC, o faturamento desse setor em 2022 deve fechar na casa dos 79 bilhões de dólares graças ao maior controle da pandemia. 

No Brasil, esse número é de 855 milhões de dólares no país - e deve seguir crescendo. A expectativa para o próximo ano é de um faturamento 9,8% superior ao de 2022. Então como será fazer parte desse setor profissionalmente?

O dia a dia de trabalho na indústria da música

Um dos aspectos que Fernanda ressalta é uma maior receptividade em relação a mudanças e tentativas de tentar coisas diferentes que ela observa na indústria do entretenimento em comparação com empresas de outros ramos: 

“A resistência existe em qualquer lugar, mas aqui no entretenimento é muito menor porque tudo muda o tempo todo e se a gente consegue fazer com que as pessoas acreditem que a mudança vai causar um bom impacto no dia a dia, a gente consegue vender a ideia”. 

Ela também destaca, porém, que um aspecto é comum independentemente da indústria: a visão que os profissionais de outros departamentos têm do jurídico como um setor muito complexo e formal, que só “traz problema”: “esse é um desafio diário, de se aproximar das outras áreas e fazer com que as pessoas se sintam mais confortáveis de falar com a gente e enxergar o jurídico como um ponto de apoio”, completa.

A transformação da indústria nas últimas décadas

Tendo atuado no ramo há mais de duas décadas, Fernanda Guttmann viu de perto todas as mudanças pelas quais nossa sociedade passou em termos de consumo de música. A venda de CDs nos Estados Unidos no início deste século, por exemplo, chegou perto de 1 milhão de cópias, caindo para cerca de 700 milhões em 2005. Em 2020, mal passou de 30 milhões de unidades vendidas.

“Há 15, 20 anos atrás, a gente tinha uma outra experiência com o consumo de música: a gente ia na loja, escolhia um CD, era um presente de Natal, era algo que a gente levava para casa, tinha a nossa coleção…”

Além dessa questão, Fernanda lembra que as empresas com as quais ela fazia negócios também eram outras: “nossos clientes eram diferentes, a gente lidava com Lojas Americanas, Fnac… Hoje tudo mudou, os clientes são TikTok, Meta, Spotify, Netflix”, exemplifica. “Eu tive a oportunidade de viver um pouco isso - como o Direito pôde atuar dentro dessa nova dinâmica”. 

E aí, gostou de entender um pouco melhor como é trabalhar no jurídico de uma grande empresa na indústria do entretenimento? Então clique aqui e assista ou relembre o vídeo da LinkedIn Live completa com a Fernanda Guttmann!

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